O jovem e brilhante autor do livro, que temos em mãos, nos convida a atender a praticabilidade sob as lentes da teoria institucionalista do direito de Maurice Hauriou, que estava imerecidamente esquecida entre nós. Com base no institucionalismo comparado a outras importantes teorias institucionalistas, como as de Santi Romano e, mais recentemente, Neil MacCormik, Eduardo Rocha abandona a compreensão de que praticabilidade poderia ser classificada como um princípio e passa a defender a ideia de que ela deve ser caracterizada como uma instituição, especificamente uma subinnstituição-coisa. Como explica o autor, a anatomia de toda instituição, para Hauriou, estão presentes invariavelmente os seguintes elementos caracterizadores: a) uma ideia existente em determinado grupo social; b) manifestações de comunhão de vontade no grupo social acerca dessa ideia; e c) um poder organizado para a consecução de tal ideia.